dezembro 13, 2010

Porquinha amada

Nossa, o tempo passou e com ele fez você crescer com toda ternura e dedicação.

Suas patinhas pedindo colo no sofá, suas patinhas em minha bochecha repreendendo as mordidas, seu olhar pedindo para quietar enquanto o sono não vem, suas brincadeiras com as irmãs correndo pela casa e tentando de alguma maneira derrubar a árvore de natal, seu pedido para subir no sofá com o brinquedinho amarelo e escondê-lo das outras ciumentas e todas as outras aventuras no meio da sala que é o seu mundo.
Que tal quebrarmos o porquinho e seguir a composição de Vinicius de Moraes?
O Porquinho

Muito prazer, sou o porquinho
Eu te alimento também
Meu couro bem tostadinho
Quem é que não sabe o sabor que tem
Se você cresce um pouquinho
O mérito, eu sei
Cabe a mim também
Se quiser, me chame
Te darei salame
E a mortadela
Branca, rosa e bela
Num pãozinho quente
Continuando o assunto
Te darei presunto
E na feijoada
Mesmo requentada
Agrado a toda gente
Sendo um porquinho informado
O meu destino bem sei
Depois de estar bem tostado
Fritinho ou assado
Eu partirei
Com a tia vaca do lado
Vestido de anjinho
Pro céu voarei
Do rabo ao focinho
Sou todo toicinho
Bota malagueta
Em minha costeleta
Numa gordurinha
Que coisa maluca
Minha pururuca
É uma beleza
Minha calabresa
No azeite fritinha

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